Cantinho da criança

Sábado, 23 de OUTUBRO DE 2010
   
Desenhos para colorir.


  Como eu tinha citado ontem, hoje irei postar alguns desenhos para a criançada colorir.
        Bem, as vezes eu uso os desenhos dos meus filhos, quando acho bonito para pintura em tecido e até patchwork.
       Afinal nossa imaginação corre,começamos a umaginar como ficará este desenho aqui ou ali!
       Então vamos dar asas a imaginação,já que para ela o céu é o limite!



 
















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Sábado, 9 de outubro de 2010


DE CONTO EM CONTO

Negócio de menino com menina.
Ivan Angelo


              O menino,de uns dez anos,pés no chão,vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola na mão.Sol forte de uma hora da tarde.A menina,de uns nove anos,ia de carro com o pai,novo dono da fazenda.Gente de São Paulo.Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai:
                 _ Olha que lindo!Compra pra mim?
                 O homem parou o carro e chamou:
                 _ Ô menino.
                  O menino voltou,chegou perto,carinha boa.Parou do lado da janela da menina.O homem:
                _ Esse passarinho é pra vender? 
                _ Não senhor.
                O pai olhou para filha  com uma cara de deixa pra lá.A  filha  pediu suave como se o pai tudo pudesse:
               _ Fala pra ele vender.
               O pai,mais pra atendê-la ,apenas intermediário:
               _Quanto você quer pelo passarinho?
                Não tou vendendo não senhor.
               A menina  ficou decepcionada e segredou:
               _Ah, pai, compra.
               Ela não considerava,ou não   aprendera ainda,que negócio só se faz quando existe um vendedor e um  comprador.No caso,faltava o  vendedor.Mas o pai era um homem de negócios, águia da Bolsa, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar a cabeça  dos mais recalcitrantes:
               Dou dez mil.
               _Não senhor.
               _Vinte mil.     
               _Vendo não.
               O homem meteu a mão no bolso,tirou  o dinheiro, mostrou três notas ,irritado.
              _ Trinta mil.
              _ Não tou vendendo,não,senhor.
              O homem resmungou "que menino chato" e falou pra filha:
              _ Ele não quer vender. Paciência.
               A filha,baixinho,indiferente às impossibilidades da transação:
               _ Mas eu queria.Olha que bonitinho.
                O homem olhou a menina,a gaiola,a roupa encardida do menino,com um rasgo na manga,o rosto vermelho de sol.
              _ Deixo comigo.
              Levantou - se,deu a volta,foi até lá.A menina procurava intimidade com o passarinho,dedinho nas gretas da gaiola.O homem,maneiro,estudando o adversário:
             _ Qual é o nome deste passarinho?
             _ Ainda não botei nome nele,não.Peguei ele agora.
             O homem,quase impaciente:
             _ Não perguntei se ele é batizado não,menino.É pintassildo,é sabiá,é o que?
             _ Aaaah.É bico - de - lacre.
             A menina,pela primeira vez,falou com o menino:
             _Ele vai crescer?
             O menino parou os olhos pretos nos azuis.
              _ Cresce nada.Ele é assim mesmo,pequenininho.
              O homem:
               _ E canta?
               _ Canta nada.Só faz chiar assim.
               _ Passarinho besta,hein?
               _ É. Não presta pra nada,é só bonito.
               _ Você pegou ele dentro da fazenda?
               _É. Aí no mato.
               _ Essa fazenda é minha.Tudo que tem nela é meu.
               O menino segurou com mais força a alça da gaiola,ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e falou já botando a mão na gaiola,dinheiro na mão.
               _ Dou quarenta mil,pronto.Toma aqui.
               _ Não senhor,muito obrigado.
               O homem,meio mandão:
                _ Vende isso logo,menino. Não tá vendo que é pra menina?
                _ Não,não tou vendendo não.
                _Cinquenta mil! Toma! _ e puxou a gaiola.
                Com cinquenta mil se comprava  um saco de feijão,ou dois sapatos,ou uma bicicleta velha.
                O menino resistiu,segurando a gaiola,voz trêmula.
                _ Quero não  senhor. Tou vendendo  não.
                _ Não  vende  por  quê,hein? Por  quê?
                O  menino acuado, tentando explicar:
                _ É que eu demorei a manhã todinha pra pegar ele  e tou com fome e com sede,e queria ter ele mais um pouquinho.Mostrar pra mamãe.
               O homem voltou para o carro,nervoso.Bateu a porta, Culpando a filha pelo aborrecimento.
                _ Viu no que dá mexer com essa gente?É tudo ignorante,filha.Vam'bora.
                 O menino chegou pertinho da menina e falou baixo,para só ela ouvir:
                 _ Amanhã eu dou ele pra você.
                 Ela sorriu e compreendeu.  



               Ivan Angelo nasceu em Barbacena (MG),em 1936.Publicou o primeiro livro em 1961,Duas faces.Além de escritor,é jornalista.O conto acima foi originalmente publicadoem O ladrão de sonhos  e outras histórias(1995).









       
 Sábado,18 de Setembro de 2010

        Vamos juntar a familia,brincar e aprender.

          Preservar a Natureza é super importante,que tal aprendermos todos juntos a tomar atitudes corretas?


           




          







                                                           

 Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010




Literatura em minha casa.

                                               

                                                   DE CONTO EM CONTO

O torcedor
Carlos Drummond de Andrade

           No jogo de decisão do campeonato,Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro,não porque fosse atleticano ou mineiro,mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse.Visitava um amigo em bairro distante,nenhum dos dois tem carro,e ele previa que a volta seria problema.
            O Flamengo triunfou,e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol,que pertubam a vida urbana com suas vitórias,Saindo em busca de táxi inexistente,acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais niguém,e havia duas bandeiras rubro - negras para cada passageiro.E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos:estes parecia terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.
            Eváglio sentiu - se dentro do Maracanã,até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés.A bola era ele,embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.
             Lembrando - se de que torcera pelo vencido,teve medo,para não dizer terror.Se lessem seu em seu íntimo o segredo,estava perdido.Mas todos cantavam,sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de flamengo dentro de si.Era o canto?Eram braços e pernas falando além da boca?A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava.Marcou com a cabeça o acompanhamento da música.Abriu os lábios,simulando cantar.Cantou.Ao dar fé de si,disputava à morena frenética a posse de uma bandeira.Queria enrolar - se no pano para exteriorizar o ser partidário que pulava em suas entranhas.A moça,em vez de ceder o troféu,abraçou - se com Eváglio e beiijou - o na boca.Estava batizado,crismado e ungido:uma vez flamengo,sempre flamengo.
             O pessoal desceu na Gávea*,empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa,mas Eváglio mora em Ipanema*,e já com o pé no estribo se lembrou.Loucura continuar flamengo a noite inteira à base de chope,gritou:"Eu volto,gente!Vou só trocar de roupa" e,não se sabe como,chegou intacto ao lar,já sem compromisso clubista.




*Gávea e Ipanema:dois bairros da Zona Sul carioca.








Carlos Drummond de Andrade nasceu em Ibatira (MG),em 1902,e morreu no Rio de Janeiro (RJ),em 1987.Um dos maiores poetas de língua portuguesa,também escreveu crônicas e contos.
O conto acima foi publicado originalmente em Contos plausíveis (1981). 




 
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
    Carlos Drummond de Andrade 



Quarta-feira,25 de Agosto de 2010


Enxoval de bebê


Riscos para pintura no enxoval do bebê,para aqueles que preferem pintar ao invès de bordar.
Ou até para aqueles que querem um enxoval com as duas técnicas.








Para  preparar o enxoval é preciso pensar na estação do ano em que seu bebê irá nascer.O recém-nascido sente mais frio que o adulto no entanto deve-se tomar cuidado para não agasalhá-lo demais.O bebê ganha peso rapidamente por isso não há necessidade de grandes exageros para compra dos tamanhos de recém-nascidos.
Deve-se dar uma maior atenção a bolsa que será levada a maternidade,nela alguns itens são indispensáveis.
Ao nascer o bebê sai de um lugar quentinho e confortável para um ambiente frio e barulhento.
Na bolsa devemos por:
_Sabonete
_Fraldas descartáveis
_Escova macia para os cabelos
_Macacão comprido
_Touca de lã ou linho
_Luvas de algodão
_ Mantas de tecido
_Pares de meias
_Fraldas de boca
_Cueiro
_Tolha fralda
Vamos arregaçar as mangas e começar o enxoval segue alguns manogramas:



Turminha do ursinho Pooh baby








Bons bordados e uma terça - feira maravilhosa.
Beijos blogueiras.









Segunda-feira, 19 de abril de 2010


Cantinho da criança

















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